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Experiências que conectam: transformação pelo amor #veganismo

Experiências que conectam: transformação pelo amor #veganismo
Abril 26, 2019 BelleBio

Em nosso primeiro texto sobre veganismo, estabelecemos o significado dessa prática, seus princípios e seus benefícios. Mas, para entender mais a fundo a escolha e rotina de uma pessoa que opta pelo estilo de vida vegana, decidimos apresentar alguns casos inspiradores para quem busca conhecer mais sobre esse mundo, sobre a luta pela defesa dos animais e do meio ambiente.

Transformação pelo amor

Foto: Sidnei Schirmer

Nossa primeira história nos leva ao casal de gaúchos Carolina Jung do Amaral e Eduardo Luiz Beise Ulrich, ambos de 28 anos e veganos. Para eles, a transformação veio de forma gradual e orgânica; inicialmente, eram ovolactovegetarianos, ou seja, somente não consumiam carne. Carolina fez essa escolha aos 14 anos, Eduardo aos 20. A decisão de darem um passo além e tornarem-se veganos (sem consumo algum de produtos de origem animal) surgiu como casal, há três anos.

“A definição de veganismo diz que temos que diminuir, na medida do possível e praticável, qualquer forma de exploração que causamos. Isso se torna meio óbvio para pessoas que são pacifistas e desejam o bem a todos os seres, não só aos seres humanos. Então, a escolha pelo veganismo foi bem natural”, declarou Eduardo.

No início, alguns obstáculos fizeram parte da rotina, mas, ao contrário do que muitos imaginam, o de maior impacto foi a barreira das relações sociais e suas respostas negativas. Ao meu ver, uma das maiores dificuldades não é exatamente comer, mas sim, a convivência social”, explicou Carolina. O que Eduardo complementou ao relatar que é “muito mais difícil as pessoas entenderem o porquê tu para de comer algo que é tão comum, do que tu achar coisas para comer”.

“Subentende-se que é difícil ser vegano, mas é bem fácil ser vegano. A barreira da alimentação é a coisa mais simples, na verdade”.
Eduardo Ulrich

Em geral, existe uma má compreensão que leva muitas pessoas a verem a alimentação vegana como algo de difícil acesso e execução, o casal busca desmistificar essa ideia. Vai se tornando mais fácil com o passar do tempo, porque começamos a ver que há muita opção. Logo que paramos de consumir todos os produtos de origem animal, parece que afunila, mas, na verdade, não, pois as nossas opções são muito variadas, e descobrimos muitas coisas que não tínhamos conhecimento antes”, comentou Carolina.

Ceia de Natal vegana, com assado de grão-de-bico recheado com farofa, frutas na mostarda, arroz, milho orgânico, salada de alface com tomates orgânicos, torta de maçã e suco de morangos orgânicos. (Foto: Instagram / @carolina_jung).

A falta de informação sobre o que realmente é ser vegano leva a muitas concepções equivocadas. Como Carolina relatou, “é engraçado. Já me perguntaram mais de uma vez, com espanto, se nós fazíamos compras no mercado. Sim, porque nós usamos papel higiênico, nós comemos arroz, feijão, massa, só temos o cuidado de escolher uma massa que seja puro trigo, sem ovos […], mas nós frequentamos o mercado que nem o restante da população”. Ao seu ver, o único diferencial, além do cuidado em buscar produtos e alternativas que não utilizem de ingredientes de origem animal, está no fato de frequentarem com maior frequência feiras orgânicas para complementar as compras, justamente por terem um maior cuidado com a alimentação.

Resultado das compras realizadas em feira local, em São Leopoldo – RS. (Foto: Instagram/ @carolina_jung). 

Referente à alimentação, eles dão a dica de não se ater aos produtos processados denominados como feitos para veganos, pois são mais caros e menos saudáveis. Temos que lembrar que comida de verdade é a comida menos processada possível. Então, se voltar para o legume, frutas, verduras, grãos, leguminosas – que são grande fonte de proteína. A economia vai ser muito grande, a melhora na saúde vai ser muito grande, ela ressaltou. Tanto que eles destacam o que muitas pessoas se esquecem: os ingredientes básicos da cozinha brasileira são veganos, um ótimo exemplo disso é o nosso popular arroz e feijão.

Almoço vegano: quinoa, vagem e milho, feijão, batata doce assada com cebolas e alho e salada de tomate com gergelim.

Marmita vegana: macarrão ao molho sugo, bifinho de grão de bico e salada de brócolis + cenoura

*Fotos: Instagram / @carolina_jung

Moradores da região metropolitana, eles também notam o crescimento dos estabelecimentos voltados ao consumo vegano. “Uma das maiores dificuldades no início era encontrar lanches veganos, como cachorro quente, e hoje está bem fácil. Temos vários lugares onde se oferece lanche vegano, mais de uma opção. Então, digamos, quando queremos comer alguma coisa diferente, é bem fácil e barato”, apontou Eduardo.

Pizza Vegana

Churrasco Vegano

*Fotos: Instagram / @carolina_jung

Quanto ao fator saúde, ambos ressaltam a importância de buscar conhecimento sobre alimentação e veganismo. “A pergunta que tu mais vai ouvir é: ‘e as proteínas?’. A partir do momento que tu entende o que são proteínas e que o recomendado a ser ingerido é tal, tu pelo menos está com a consciência limpa de ter uma resposta”, ele esclarece.

Além de, claro, realizar acompanhamento com um profissional de nutrição. Mas, neste ponto, eles alertam que nem todos os nutricionistas concordam com o corte do consumo de carne e outros produtos de origem animal, o que Carolina considera retrógrado. Por isso, é preciso encontrar um profissional que irá atendê-lo independente de ser vegano ou vegetariano, e respeitará suas escolhas.  

Mas, não podemos nos esquecer que ser vegano vai muito além da alimentação, é sim ter um estilo de vida que exclua todas as formas de exploração animal, indo contra a ideia de que o animal é um produto de consumo aos seres humanos. “Sendo vegano, tu quebra um pouco esse mecanismo de que o animal está aqui para nos servir. Quando, na verdade, acreditamos que ele está aqui para viver como a gente”, opina Eduardo.

Foto: Sidnei Schirmer

Por isso, esse pensamento permeia diferentes setores da nossa vida, inclusive nossa higiene e beleza. A alternativa nesse caso são os produtos com selos veganos, da Sociedade Vegetariana Brasileira, e cruelty free (sem testes em animais).  “Nós temos essa preocupação de comprar de marcas que não testam em animais, para que isso seja incentivado […]. A gente troca de marca, ela tem o mesmo preço, às vezes até mais barata, e ela não está causando sofrimento a um animal”, indicou Carolina.

Neste caso, ambos também ressaltam a preocupação com as condições humanas em diferentes setores de trabalho, que muitas vezes exploram fisicamente e mentalmente seus trabalhadores. “Os dois maiores focos de trabalho escravo, hoje em dia, é na indústria têxtil e da carne. Então, parar de comer carne, além de estar a favor dos animais, é uma forma de se posicionar a favor dos seres humanos, expressou Eduardo.

Com toda essa transformação de vida ao enxergar realidades muitas vezes escondidas na sociedade, Carolina faz um pedido aqueles que se identificam com a causa: “logo quando nos tornamos veganos, há um sentimento de raiva, de frustração que cresce dentro da gente. Porque é como se abrissem uma cortina e víssemos um mundo de crueldade que não imaginava que existisse antes. Mas, não podemos perder a sensibilidade com os outros, não podemos se endurecer a ponto de afastar as pessoas que ainda comem carne, a nossa família, os nossos amigos. Eu acredito em transformação pelo amor, então, é informação, é tu ser querido, tu compartilhar uma receita. As pessoas querem saber. Tu falar sobre veganismo, sobre como os animais são tratados, é tu ir transformando a vida das pessoas ao poucos.

Todavia, Eduardo enfatiza que isso não retira o direito de defender seus princípios quando estes são questionados. Pois, como comentou o casal, muitas pessoas ainda criticam, sem conhecimento, a prática vegana, até de forma agressiva e pejorativa. Isso ocorre, segundo eles, por um sentimento de ofensa. “Tu não pode ter uma postura passiva. Pois, a gente escuta muita coisa. A cultura de comer carne e ver os animais de uma forma instrumentalizada é comum”.

Nesses momentos, pense nos pontos positivos que o levaram a tomar essa escolha. “É bom pra ti, porque é super saudável – nossa alimentação é muito boa. É bom economicamente, porque a gente economiza muito; os produtos veganos são muito mais baratos. E é bom pro planeta, bom para os animais. Não tem contra indicação”, finaliza Eduardo.

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*Texto por Amanda Büneker


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